sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ogum, Meu Pai!!!!


Oração de Ogum
Peço a Deus e as glórias de Ogum, que venham emanar nos nossos espíritos toda força necessária frente às lutas a serem enfrentadas no nosso cotidiano.
Que vençamos os nossos próprios Dragões, sem medo, mas com fé e confiança em Deus, pois ele é o pai misericordioso que nos ampara com a lei divina.
Homenagear Ogum é falar dessa potência de Zambi, que nos impulsiona a essa força de vontade.
Mas o que é essa força de vontade?
Para responder a essa pergunta, precisamos entender que atuam no nosso interior, os sete orixás e Ogum, além de reger o Quarto Raio, ou seja, nos leva diretamente ao confronto com os problemas que nos desequilibram, para que assim possamos superá-los, a fim de chegarmos à harmonia interior. Ogum representa o nosso chakra umbilical, a nossa própria emanação de generosidade representa o sangue no corpo denso, seu elemento é o ferro.
Sendo assim,quando estamos anêmicos, cansados, dormindo muito, sem vontade de vencermos nas nossas batalhas cármicas, de regeneração, com o ciclo de pessoas que nos envolve (família, amigos, Trabalho, amor...) entendemos dentro dos ensinamentos da Umbanda, que está faltando Ogum dentro de nós! Está faltando à emanação dessa energia de lei, de movimento, eólico (do ar) dentro de você. Está faltando ferro no seu sangue em caso de anemia, está faltando à força de vontade de sacudir a poeira e mudar. Porém, o excesso dessa energia nos leva a intransigência, a ignorância, ou seja, quando as nossas certezas nos leva a sermos duros de mais com quem nos cercam, ocasionando o erro.
Portanto, é necessário que ativemos dentro de nós, a brandura de Yemanjá que da forma a vibração de Ogum Beira Mar. O amor de Ogum vibrado em Oxum dando a forma em Ogum Yara. O conhecimento rompendo com a estagnação mental, Oxossi, emanado em Ogum Rompe Mato. Devemos ativar a fé, pois é a vibração de Oxalá em Ogum Matinata. A pureza das crianças, no Arerê de Ogum. Ativar a justiça de Xangô e Iansã, vibrando em Ogum de Malê. E por ultimo, ativar as duas forças de Ogum, a aplicação da lei divina, pela vibração de Ogum de Lei.
Todas essas forças atuam em comunhão, abrindo nossos caminhos, com suas lanças e com suas espadas. Para vencer demandas, antes de Ogum apenas Exu, pois assim, como Ogum abre caminhos mostrando horizontes para que tenhamos coragem, e força de vontade para agir. Exu Tranca Ruas, sobre a égide de Ogum, tranca os caminhos da inferioridade, não deixando que essas forças ocultas nos alcancem.
Para finalizar, tenham fé acreditem em Jesus que vos fala: “FAZES POR TI QUE EU TE AJUDAREI”. Pois o verdadeiro milagre está dentro de nós mesmos. E deixem que essa energia irradiada por Ogum, tome conta de vocês, dando a força necessária para que cada um possa mudar as suas vidas com suas próprias ações.
Oração a Ogum
Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe.
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei neste dia e nesta noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sentou praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem
Tendo mãos não me peguem não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançará
Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é da Capadócia.
Salve Jorge!

quinta-feira, 8 de julho de 2010


“Há momentos em que o homem é da matéria e há momentos em que o homem é do espírito”.
Essa máxima de Jesus nos faz pensar que nem somos apenas corpo, e nem somos apenas espírito, pois estamos reencarnados pela lei carmica, que nos permite regenerarmos - nos das falhas humanas cristalizadas pelos nossos pensamentos. Desta forma, entendemos que Deus não se mostra, mas se afirma pela sua obra.
Sabendo que há um intermediário entre o espírito e a matéria, a morte não existe, mas existe sim a continuação da vida. Sendo assim, compreender Deus-Olorum é entender que é necessário aperfeiçoar o espírito aos moldes de Oxalá. Não trancafies mais sua consciência, tornando a dor de perder um ente querido, duradoura. Alivie a sua dor orando, e unificando o seu corpo material com seus corpos espirituais.
Luminares da Aruanda nos ensinam que cada ser humano possui sete corpos. Corpos estes que expressam a nossa consciência Astral, ou seja, contemos no banco de memórias de vidas pretéritas, cujas informações são canalizadas em veículos atuantes em diversos planos espirituais que nos aproximam de Zambi, pois ele é a consciência suprema e nós somos filhos dele, por tanto parte dessa consciência.
Começamos então pelo sétimo corpo, o que podemos ver o corpo denso. Este é o nosso templo sagrado, abriga todo o organismo necessário para cumprirmos a nossa missão na terra. Por isso, devemos cuidá-lo, respeitá-lo, amá-lo, mas nunca valorizar mais aspectos físicos dando margem para que a vaidade fale mais alto. Devemos apenas buscar uma vida saudável.
O Sexto Corpo é o Duplo Etéreo, ligado intimamente ao corpo físico contém os sete chacras principais, onde se situa tanto o nosso equilíbrio, quanto o nosso desequilíbrio. Também é através dele que os nossos orixás, guias protetores, conectam-se conosco pelo fenômeno de incorporação, entre outros fenômenos mediúnicos.
O Quinto Corpo é o Astral inferior, onde se encontram as nossas emoções, nossos desejos. É através desse corpo, que aprendemos a nos moderar, a ter paciência, a sermos flexíveis frente as nossas dificuldades diárias, através da vigilância dos nossos pensamentos, que se transformam em emoções. Pois Deus é soberanamente justo e bom.
O Quarto Veículo é o Astral puro superior, nesse corpo que está a nossa elevação, é quando sentimos tanto amor, tanta felicidade que às vezes explodimos de emoções, pois é a expressão dos sentimentos mais puros que temos. É também neste corpo, que começamos a sentir que Deus é eterno, pois não teve começo e nem terá fim.
O Terceiro Corpo é o Mental, nossa consciência, nossa inteligência, é a expressão de formas pensamentos bons que possam contribuir para o crescimento de nossos irmãos, nossos familiares, pois é assim que retribuímos a Deus, através da caridade, do amor incondicional.
O Segundo Corpo é a Alma do espírito, é chegando a esse corpo, através de nossas boas ações, repletas de amor, paz, harmonia, benevolência, fé, humildade, é que chegamos ao que compreendemos como Santidade, é essa luz alcançada por São Francisco da Assis, Chico Xavier, São Cipriano e Urubatã, que compreendem que a nossa regeneração nos leva, um dia, a grandeza desses amados irmãos, entre outros, que nos deixam a mensagem Divina.
Para finalizar, o primeiro corpo que é o virginal. É a fase Crística que Jesus alcançou, é através deste corpo evoluído que Jesus virou o governador do mundo, pois as maiores virtudes do espírito forma exaltadas, no homem que perpetuou seu amor a humanidade através da Boa Nova, do Evangélico. É neste corpo que reconhecemos a Onipresença, Onisciência, e Onipresença do Pai Misericordioso.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A Cura da Alma!!!


Certa vez, li que a cura da alma é um processo que busca unir as partes que se dividem no nosso biopsicossomático. Na verdade esta dinâmica consiste no alinhamento dos sete corpos sutis, que são expressões do banco de dados, formados por cada átomo de nossas formações. Cada átomo que constitui a matéria carrega em si, a informação do processo evolutivo por qual toda criação de Deus passa.
Nossos sete corpos são informações, provindas do conhecimento supremo Onipresente, Onisciente de Zambi. Essa consciência suprema é criadora dos níveis energéticos pelos quais passamos no processo de regeneração. Cada corpo possui um grau de desenvolvimento peculiar, ou seja, individual, porém que esteja interligado aos demais corpos e também aos ambientes vibracionais, onde estão localizados os corpos sutis, cujo, seu alinhamento depende da forma pensamento que se plasma na memória ou no seu consciente e também no inconsciente.
Porém é necessário ressaltar diante de tais prerrogativas, que este alinhamento não ocorre de uma hora para outra. É preciso saber lidar, tanto com as diferenças, como com as indiferenças, e certamente me refiro às diversidades que o nosso banco de memórias nos revela, de forma muito reservada, as expressões de estradas provindas de escolhas, para que sejam superadas as nossas dificuldades em nome de Zambi.
Os caminhos, escolhidos pelos espíritos humanos podem ter um trajeto doloroso, mas não menos edificante ou regenerador. Todo caminho escolhido pelas almas humanas são caminhos abençoados por Deus, por mais que nesses trajetos existam percalços e gerem feridas profundas, o balsamo do dia, o curativo vai chegar. Onde quer que você esteja, seja qual for sua opção, um enviado de Zambi vai estar lá limpando tuas feridas, removendo o pó de tuas humilhações, fazendo com que as tuas feridas sejam cicatrizadas, te erguendo como mais um filho para o rebanho do Pai Eterno.
Os caminhos, menos dolorosos são para aqueles que já passaram pelo abismo humano e hoje estão ai, para dar inicio a caminhada, a missão confiada por Zambi. Em matéria: mediar à comunicação das pessoas em busca da cura do espírito; Em espírito progredir em falange, a fim de educar os que ficaram e remediar cada um independente da dimensão em que a alma se encontra, equilibrando seus corpos sutis de maneira que assim, unamos um corpo no outro, para tornarmo-nos unos, religados intimamente ao Pai Misericordioso.
Um grande Amor a todos!!!
Luana Porto.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Elevação através do Diálogo


Nos tempos de escravatura, nego veio senta sob o véu da estrela Dalva,
Era sempre a que brilhava mais.
Enchia os olhos do negro de água, a cada lágrima que rolava na face do negro seu coração transbordava de amor e felicidade.
Estarrecido com o brilho da estrela o preto não prestava atenção em nada.
Então percebeu que uma pequena mãozinha puxava-lhe o pano que vestia seu corpo.
O pai velho baixou os olhos e era o rebento de Cristo, era Doum que lhe perguntava:
- Meu pai está chorando de tristeza por conta do cativeiro
- Não Doum é choro de alegria!
Mas Doum não conseguia compreender como alguém poderia chorar de alegria.
Então, o preto pegou o dedinho de Doum e levou a sua face ao encontro da lágrima, pedindo a Doum que experimentasse o sabor de sua lágrima
Doum notou que a lágrima tinha gotas que não eram salgadas, as lágrimas eram doces. Doum começou a dar risadinhas e com seus olhos luminosos quis saber como o preto tinha transformado as lagrimas salgadas em doces. E o preto com sua ternura lhe respondeu:
- Olhe para o céu Doum, e diga o que vê
- Vejo que o céu ilumina o cativeiro meu pai
- Este céu estrelado Doum, é o véu da grande mãe, que aquece os filhos ao adormecerem.
A estrela que mais brilha no céu, é a estrela Dalva ela vela pelo grande cativeiro planetário, orienta as nossas noites para que tenhamos sempre a vista à luz para depositarmos nossa fé.
O preto velho olha para Doum e percebe que ele estava chorando e diz:
- Ta chorando cangarequinho
-To sim preto, só que as minhas lágrimas são doces.
Pois estou feliz, antes não tinha mãe para me cobrir,
Minha mãe morreu quando nasci, mas agora, já posso ir descansado dormir porque tenho este manto estrelado.
Luana Porto

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Navio Negreiro


Navio Negreiro
Da passagem histórica, nasce o lúdico, a arte oprimida de um povo roubado de seu solo, solo este que violentado, gera seu filho pródigo: O Brasileiro.
Homens e mulheres, coisificados pelo animismo pré – conceituoso de gente, tão gente quanto à gente negra.Têm-se a concretização da palavra brutalidade, podem afirmar que foi o período de escravidão. As afirmações do modo de produção em que vivemos provem de um derramamento de sangue: chibatadas nos corpos de homens que geraram o desenvolvimento sustentável de uma sociedade, assassina, vampirizada, hipócrita, selvagem, irracional.
Eis a pergunta: Do que serve a razão individual, sem sentimento! Para gerar luxuria, prazeres de corpos, ganância, poder...
As mulheres negras, violentadas pelos seus senhores, espancadas, mutiladas, pelas suas senhoras. Negras estas, meus caros, que geraram uma nação que constitui o Brasil.
Entretanto, em meio a esta Barbárie, se tem uma resistência do povo negro, que se perdura ate contemporaneidade. Hoje vivemos numa sociedade racista, dos filhotes daqueles que no passado escravizaram o povo negreiro. Quando este contexto se afirma, vamos para a reflexão da frase: “Não há racismo no Brasil”. Pois os estereótipos são claros, introjetados em nosso consciente e subconsciente, que a o cabresto do mundo capitalista, não deixa espaço para a criticidade das pessoas que não se auto – conhecem.
Meus caros, o pré - conceito, o racismo existe em toda parte, e necessário que façamos o esclarecimento dos pensamentos. Entendendo que a resistência negreira se encontra nos guetos, em minoria inserida nas classes medias ou na elite brasileira.E sendo nesta resistência, que o povo afro brasileiro demarca seu espaço através de sua musica, religião, esporte, na expressão cultural que é banalizada pela classe dominante. Tentando forçar a negritude a se caracterizar como a burguesia.

Vem vamos embora que esperar não e saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Um grande Axé a consciência Negreira.
Luana Porto



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Reflexão


A minha liberdade... A minha liberdade está nos ventos soprando, nas flores envolvidas por folhas que balançam, entre um vai, outro vem, formando uma sinfonia de arpas, que nos revela uma suavidade que acalenta a minha alma. Alma nua, despida de materiais pesados, que formam pensamentos pesados, deterioram o equilíbrio do corpo, adoecendo nossas mentes que se paralisam, sem um objetivo real, que de tão sul real, torna - se o ímpeto de meus ancejos, que nada mais são do que a simples vontade de obter liberdade. Acreditar no ser humano, é compreender que a sua evolução é buscar sua alma nua, crua, alma nua significa o des - preendimento de roupagens de encargos que vem atribuindo a identidade universal da chama trina divina- Zambi – Oxalá – Espírito Sacro, encargos da dimensão material, os quais deturpamos com a nossa falta de compreensão. A busca pela liberdade é amar a Deus pai onipresente, amar a Deus significa amar a todas as coisas, sair do mistério incompreendido, e sentir os pequenos atos da natureza e suas infinitas possibilidade fornecidas pela mesma.

Luana Porto.

Olha Negrinho!!!


Preto quando andava na terra, muita reza, rezou ... Olha Negrinho!!
A nossa história, desde o período em que foi retratada, vem mostrando um derramamento de sangue cruel. Referindo aos escravos negros que construíram alicerces do mundo, com sua arquitetura, com o manejo da terra, com a medicina, com sua historicidade, com seu trabalho, com diversas outras competências que demarcam o desenvolvimento de diversas sociedades. Na colocação de Karl Marx, o trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano, com sua própria ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza. Defronta-se com a natureza como uma de suas forças. Põem em movimento as forças naturais de seu corpo – braços e pernas, cabeça e mão – a fim de apropriar -se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à vida humana. Atuando assim sobre a natureza externa e modificando – a, ao mesmo tempo modifica sua própria natureza(...). Nós Negros, meus caros, somos homens, que pensam, produzem, reproduzem, porém nos colocamos diferentes da classe trabalhadora brasileira, porque a vanguarda trabalhadora, nos compreende na teoria como trabalhadores, esquecendo mais de quatro séculos de escravidão, só no Brasil.
E esta mesma vanguarda, não abre os olhos para enxergar que a descendência de escravos que estão nas favelas, em regiões do mapa do país regularizadas, em grande maioria, descendo cada vez mais para o condicionamento de miseráveis, sem ética, irmãos que possuem um estereótipo de batedores de carteira, meninos e meninas de rua sem opções de escolha de uma nova realidade. E o respeito da vanguarda trabalhadora; em tratar o trabalhador que construiu este país na sua economia, no processo de trabalho para subsidiar condições básica de sobrevivências daqueles que nos oprimiram de formas escabrosas, criando esteriótipos para beiçudos, do nariz achatado, da mulata, do sarará de hoje. Para esclarecer melhor, penso que não há unidade, nem organização do movimento trabalhador, porque não há reconhecimento da Afro – descendência, pois se há, lhes digo que é por mero encargo de consciência. Entretanto se houvesse, teríamos unidade na mobilização do operariado, mas o que temos na contemporaniedade brasileira é um racismo desapercebido pelos que se dizem articuladores do movimento social que tomam partido por organizações eleitoreiras.
Para sentir preconceito basta banalizar crenças, estereotipar a negrinha ou o negrinho, que resolve colocar a tona sua criticidade, menosprezando qualquer embasamento teórico, que queira intervir na prática a garantia de suas crenças. E partidos politiqueiros, que se denominam de esquerda, pregando revolução socialista no Brasil de mão armada, renegam nosso povo negreiro, sua cultura, pois não há o entendimento da excentricidades das nações, nem o respeito da individualidade dos povos.
Uni vos sim o coletivo das classes trabalhadoras, mas que parta da base estrutural da sociedade. Não tentando patrolar as crenças e convicções dos negrinhos que não estão, ou não são graduados. A inserção do senso crítico a massa, não é impor uma ideologia mas sim mediar seus próprios pensamentos, seus próprios sentimentos, suas próprias referencias. No meu entendimento, estas foram ações de grande vanguardas como; Marx, Lenin, Che Guevara, Luter King, Mandela, Pai João, vovô Cipriano, Preto velho da Cambinda, Vovó Catarina...
Como já dizia Lenin num texto direcionados aos anarquistas: “Quando se diz mentiras para massa trabalhadora, não a tem para luta revolucionária. Se atem, não a terá por muito tempo”. E é nesta perspectiva, que possuo o entendimento, de que o a massa trabalhadora é organizada porém não há mediação de seus pensamentos, para que se possa direcionar seus sentimentos a uma revolução de acordo com a conjuntura atual do Brasil, compreendendo que o navio negreiro vem do fundo do mar, para transformar com a justiça de Xango, e a ingenuidade de Doum.

Um Axé,
Luana Porto.

Energia




O mundo hoje parou, não sabemos em qual tempo estamos não temos pernas para caminhar em busca da vida, temos poucos recursos para resgatar a humanidade de dentro desse envoltório pesado, cujo aniquila a percepção de algo muito maior. Feliz daquele que sente, feliz daquele que souber conduzir esse envoltório ao trajeto final; triste daquele que não planta, triste aquele que não produz algo pelo próximo, pois aquele que se isola dessa condição, perde a oportunidade de integrar-se ao universo de conhecimentos que cercam esse pequeno planeta, onde a pretensão da espécie homo sapiens sapiens, limita-se a interagir apenas com seu ambiente e seus limites, sem oportunizar-se a buscar mais conhecimentos, saberes cuja tradição brasileira traz na sua passagem de tempo.

É necessário destacar que, a capacidade de pensar do homem, estagnou quando o sujeito parte do concreto e volta para o concreto, o que lhe parece estrangeiro passa a ser visto de forma etnocêntrica, pela população que nega o fato de existir mais que o concreto. Negar o que gera o movimento é abdicar da faculdade individual de enriquecer os pensamentos. Negar a existência energética é desfacelar a saúde mental de cada um e também resignar-se, a não refletir conhecimentos sobre a corrente que forma a grande irmandade que se desenvolve neste planeta.
Essa energia parte do buraco negro que envolve essa grande concentração de luz, potência, força de forma intensa, a qual é imperceptível aos olhos de caríssimos humanos demasiadamente humanos. Logo, se essa energia reflete sobre a evolução de cada partícula universal, porque ainda não conseguimos seguir o ciclo natural da vida de maneira mais audaciosa, pois o universo é vida, sendo vida somos parte dele, logo tendemos a reproduzir apenas o que está em lócus, sem parar para pensar o quão grande é esse vasto universo que nos forma. O tamanho dessa inteligência, que não temos a percepção é incalculável, nada mais natural do que essa força gerar energia e por sua vez essa energia gerar movimento e esse movimento refletir, colhendo a produção de dimensões que desenvolve um projeto majestoso, onde o objetivo crucial é desenvolver um coletivo de seres que permanecem contribuindo para o amadurecimento de cada individuo.
Reproduzir essa magnânima estrutura universal, é o mais alto grau que o ser humano pode chegar, pois reconhecer a sua origem, movimentar-se a ponto de produzir, ou seja, refletir uma criação que supra sua necessidade quanto a de seu grupo social, é de fato seguir um alto ciclo dialético que gera a síntese mais sensata que é o amor.

Contribuir para geração do amor é destruir o que está estagnado, destruir o concreto que cega, e quando tudo estiver devastado, a esperança de recomeçar, formar novos conceitos, criar novas oportunidades é o elo mais forte para mantermos nossa sub - existência. Assim, o planeta terra vem respondendo e muito mais do que isso, vem contribuindo com a sua parte para construção de um novo mundo, quando a natureza exalta a sua fúria, longe de ser uma atuação findada, é uma atuação para chegarmos a um novo ciclo. Confiando que os seres escolhidos para suportar essa ira, dos elementos que formam o concreto, a matéria, são os seres oportunizados a pensar no equilíbrio do novo mundo, sendo assim, as vítimas dessas catástrofes são a esperança do resto do mundo, na luta incessante de construir um mundo melhor.

A sonorização do mundo é o caminho que trilha a biodiversidade para percepção de informações inacabáveis, pois o som não se pode tocar, não se pode ver, nem cheirar, não se pode sentir o gosto, apenas ouvimos, e ouvir é um atributo de poucos, poderia dizer que é uma arte, pois a audição pode levar um ser a beira da complexidade mostrando o máximo de possibilidades para que forme diversas teses a serem derrubadas pela novidade que a dança dos sons podem criar. Negar a importância do som é empobrecer o espírito do desenvolvimento, criar sons de forma primitiva é recusar-se de aprender, é recusar-se de escutar o que causa a impossibilidade de ampliar o campo de idéias que os seres humanos podem conter consigo.
Compreender que a energia é de onde viemos e para onde vamos, é o primeiro passo, para nos reconhecermos como organismos vivos que compões a imensidão universal. Após essa compreensão, é necessário que os corpos pensantes dessa biodiversidade libertem-se da alienação e passem a problematizar questões a serem respondidas por um coletivo que objetivam o desenvolvimento dos seres da terra, suprindo as necessidades essenciais de cada um, movimentando assim a relação temporal e dimensional do meio em que vivemos. Essa via de atuação, leva a refletir idéias de mais variadas formas, e por sua vez contribuir para o crescimento intelectual do coletivo social do mundo.