quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Energia




O mundo hoje parou, não sabemos em qual tempo estamos não temos pernas para caminhar em busca da vida, temos poucos recursos para resgatar a humanidade de dentro desse envoltório pesado, cujo aniquila a percepção de algo muito maior. Feliz daquele que sente, feliz daquele que souber conduzir esse envoltório ao trajeto final; triste daquele que não planta, triste aquele que não produz algo pelo próximo, pois aquele que se isola dessa condição, perde a oportunidade de integrar-se ao universo de conhecimentos que cercam esse pequeno planeta, onde a pretensão da espécie homo sapiens sapiens, limita-se a interagir apenas com seu ambiente e seus limites, sem oportunizar-se a buscar mais conhecimentos, saberes cuja tradição brasileira traz na sua passagem de tempo.

É necessário destacar que, a capacidade de pensar do homem, estagnou quando o sujeito parte do concreto e volta para o concreto, o que lhe parece estrangeiro passa a ser visto de forma etnocêntrica, pela população que nega o fato de existir mais que o concreto. Negar o que gera o movimento é abdicar da faculdade individual de enriquecer os pensamentos. Negar a existência energética é desfacelar a saúde mental de cada um e também resignar-se, a não refletir conhecimentos sobre a corrente que forma a grande irmandade que se desenvolve neste planeta.
Essa energia parte do buraco negro que envolve essa grande concentração de luz, potência, força de forma intensa, a qual é imperceptível aos olhos de caríssimos humanos demasiadamente humanos. Logo, se essa energia reflete sobre a evolução de cada partícula universal, porque ainda não conseguimos seguir o ciclo natural da vida de maneira mais audaciosa, pois o universo é vida, sendo vida somos parte dele, logo tendemos a reproduzir apenas o que está em lócus, sem parar para pensar o quão grande é esse vasto universo que nos forma. O tamanho dessa inteligência, que não temos a percepção é incalculável, nada mais natural do que essa força gerar energia e por sua vez essa energia gerar movimento e esse movimento refletir, colhendo a produção de dimensões que desenvolve um projeto majestoso, onde o objetivo crucial é desenvolver um coletivo de seres que permanecem contribuindo para o amadurecimento de cada individuo.
Reproduzir essa magnânima estrutura universal, é o mais alto grau que o ser humano pode chegar, pois reconhecer a sua origem, movimentar-se a ponto de produzir, ou seja, refletir uma criação que supra sua necessidade quanto a de seu grupo social, é de fato seguir um alto ciclo dialético que gera a síntese mais sensata que é o amor.

Contribuir para geração do amor é destruir o que está estagnado, destruir o concreto que cega, e quando tudo estiver devastado, a esperança de recomeçar, formar novos conceitos, criar novas oportunidades é o elo mais forte para mantermos nossa sub - existência. Assim, o planeta terra vem respondendo e muito mais do que isso, vem contribuindo com a sua parte para construção de um novo mundo, quando a natureza exalta a sua fúria, longe de ser uma atuação findada, é uma atuação para chegarmos a um novo ciclo. Confiando que os seres escolhidos para suportar essa ira, dos elementos que formam o concreto, a matéria, são os seres oportunizados a pensar no equilíbrio do novo mundo, sendo assim, as vítimas dessas catástrofes são a esperança do resto do mundo, na luta incessante de construir um mundo melhor.

A sonorização do mundo é o caminho que trilha a biodiversidade para percepção de informações inacabáveis, pois o som não se pode tocar, não se pode ver, nem cheirar, não se pode sentir o gosto, apenas ouvimos, e ouvir é um atributo de poucos, poderia dizer que é uma arte, pois a audição pode levar um ser a beira da complexidade mostrando o máximo de possibilidades para que forme diversas teses a serem derrubadas pela novidade que a dança dos sons podem criar. Negar a importância do som é empobrecer o espírito do desenvolvimento, criar sons de forma primitiva é recusar-se de aprender, é recusar-se de escutar o que causa a impossibilidade de ampliar o campo de idéias que os seres humanos podem conter consigo.
Compreender que a energia é de onde viemos e para onde vamos, é o primeiro passo, para nos reconhecermos como organismos vivos que compões a imensidão universal. Após essa compreensão, é necessário que os corpos pensantes dessa biodiversidade libertem-se da alienação e passem a problematizar questões a serem respondidas por um coletivo que objetivam o desenvolvimento dos seres da terra, suprindo as necessidades essenciais de cada um, movimentando assim a relação temporal e dimensional do meio em que vivemos. Essa via de atuação, leva a refletir idéias de mais variadas formas, e por sua vez contribuir para o crescimento intelectual do coletivo social do mundo.

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