quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


O Conto da Birra
Mais um episódio da saga primeiro filho, minha filha está com um ano e meio, e começando a ter birra, eu  ingenuamente li sobre o assunto a um tempo atrás e pensei, que bom vai ser moleza vou tirar de letra essas manhas... Bom, não está sendo bem assim, como eu esperava, comecei a perceber com mais afinco no ano novo na casa da minha irmã, minha filha gritava por qualquer coisa e incomodava, certamente comecei a ficar com vergonha, algumas pessoas menos tolerantes me expulsariam do ambiente, não foi o caso, eu mesma tive o bom senso de me retirar, passou mais um dia, e ela agitada gritava até para pedir alguma coisa, parecia tão insolente. Conversei umas quantas vezes pacientemente e nada adiantou.
Chegou uma visita, e ela começou a se comportar muito mal fazendo birras, nossa fiquei preocupada, e apenas tentei despistar a atenção dela para que ela não incomodasse e me envergonhasse. Bem não adiantou muito, pois delicadamente a visita mencionou que no seu tempo as chineladas eram eficazes, até então não queria tratar desse assunto dessa forma, eu realmente não sabia o que fazer então eu fui dormir preocupada. Meu marido e minha filha fazendo festa brincando, quando ela começou a chorar, gritando histericamente acordei assustada e percebi que era pura birra, pois ela não queria dormir, e quanto mais mandávamos parar mais ela chorava e gritava eu me desesperei, fiquei apavorada sem saber o que fazer, ai tampei a boca dela, ela se apavorou também e como ela faz de costume, quando quer chamar atenção e me vencer pelo cansaço provocou vômito, e vomitou por toda cama.
A primeira providência que pensei foi dar um banho nela enquanto meu marido tirava as roupas de cama sujas, e trocava por limpas. No banheiro ela não queria tomar banho, então passou a gritar mais, pedi para que ela parasse e ela diminuiu, ai fui escovar os dentes dela e não teve jeito voltou a gritar novamente, ai dei –lhe uns tapinhas comedidos nas perna, ela ficou assustada e chorou mais ainda, comecei a gritar desesperada ela engoliu o choro, mas ficou suspirando. Resultado: abracei com todo meu amor e fi-la dormir como deveria ter feito desde o inicio e vendo ela dormir, comecei a chorar porque amo tanto ela, como poço me desesperar com uma criança tão frágil, e como é difícil educar a minha amada menina sem haver sofrimento, pois fui criada no tempo antigo, como dizia minha visita, mas hoje quero inovar com minha pequena e grande futuro. Em meio ao meu choro, passei a rezar, profundamente pedi ao anjo da guarda dela que olhasse por nós naquele momento, parece tolo, mas ela é meu maior projeto e quando queremos muito que dê certo, tomamos cuidados e ficamos aflitos também.
Comecei então a conversar com o espírito dela, falei dos meus erros e também de meus anseios para nossa vida cotidiana, e pedi que ela me escutasse profundamente, para que nossa relação familiar seja sempre com paz e equilíbrio, e que respeitemos uns aos outros aqui em minha casa, e hoje ao acordarmos percebo a diferença que o nosso diálogo fez, pois ela está me obedecendo, e cada vez que tento levantar a voz, ela me ouve calmamente. Disser para não gritar e ela não gritou, e quando pedi para guardar o que não era para pegar foi cuidadosamente guardar, logo, para mamães de plantão que ainda não passaram ou estão passando por esta fase, saibam que os psicólogos tem razão não dá para se desesperar, e depois as palmadas não resolvem, gritar só aumenta a tensão, mas o amor o carinho, e para quem acredita; estabelecer diálogo com o espírito, ou mesmo com cérebro que está em funcionamento quando bebê dorme, melhor a chance de compreensão e funciona mesmo.
Luana P. Porto Silveira.  

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